EDOUARD MANET
Édouard Manet nasceu em 23 de Janeiro de 1832, pintor que
contra a vontade da família teve uma vida marcada por contradições. Fiel as
próprias idéias, Manet sempre quis "Pintar a Verdade", quadros
que revolucionaram a Arte. Aos 7 anos Manet foi para o Colégio Rollin e aos 13 já integrava as classes de desenho. Para
tentar tirar o filho da Arte, seu pai lhe propôs a escolha entre o serviço
público e a carreira militar. Manet fracassou nos exames para a Escola Naval
mais embarca como aprendiz de piloto no "Havre e Guadalupe".
No ano seguinte desembarca no Rio de Janeiro, onde permanece
algumas semanas enchendo um caderno de desenhos com esboços. 0 jovem
artista abandona a cidade impressionado com a luz intensa do
verão carioca e a naturalidade de sua gente simples e em constante movimento.
De volta a França, Manet fracassa novamente nos exames para a Escola Naval
renunciando completamente o serviço Militar. O pai de Manet finalmente deixa
Manet seguir sua vocação artística. Em 1850, Manet estabelece em Paris.
Principais características de sua pintura
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Sensibilidade visual capaz de
transmitir a sensação de movimentos baseados na vida moderna. “ Na pintura,
devemos sempre procurar sombras/ sombreados; o resto virá por si só.” (Manet)
-
Combinação de elegância refinada a
um poder de execução único.
-
O tempo de Manet é o nosso tempo,
real e cotidiano. Mas este tempo é visto com otimismo.
- Retratos de uma sociedade educada e
serena que é observada e captada. Pessoas no jardim, no campo, na janela,
almoçando, descansando, ou seja, situações naturais e comuns em seu tempo real.
Manet participa do cotidiano
A retratação do mundo real traz um
controle das assonâncias de vermelhos e azuis além dos pretos de riqueza
cromática.
-
O jogo de luminosidade ressalta o
frescor que rejuvenesce, dá alegria e mostra o calor humano.
-
A sombra define de forma mais clara
os objetos que tomam na composição lugares aparentemente acidentais. As sombras devem ser luminosas e coloridas,
tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os
pintores costumavam representá-las no passado.
-
Os contrastes de luz e sombra devem ser
obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo
a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o
claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.
-
As cores e tonalidades não devem ser
obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser
puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao
admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A
mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.
- A pintura deve registrar as
tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado
momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da
incidência da luz do sol.
-
A linha não existe na natureza: a linha é uma
abstração criada pelo espírito do homem, para representar as imagens visuais. A
linha para o impressionista é dada pelo encontro de duas superfícies coloridas
de tonalidades diferentes. A linha não é o contorno. Ele passa a ser impreciso
ou diluído, parecendo uma fotografia fora de foco.
-
Caráter
eminentemente visual, não se interessa pelos valores subjetivos, psicológicos
ou intelectuais, o impressionista é considerado um artista alienado dos
problemas sociaisFONTE: BIBLIOGRAFIA - Manet, Gênios da Pintura.
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