Mulheres no jardim - Monet



Em 1866, Monet resolve arriscar e pintar numa grande tela, do tamanho geralmente usado para quadros históricos: 2.55m x2.05.A ambição do jovem Monet era ainda maior que o tamanho da tela. Como conseguir integrar os personagens na paisagem, com a impressão do ar e da luz que por ali circula aparente na tela?

O pintor encontra uma resposta ao pintar as sombras e a luz, o sol furando a massa verde das plantas, reflexos claros na penumbra. Émile Zola escreveu a respeito do salão onde Monet expusera seu quadro: “O sol bate em cima das saias brancas, que brilham; a sombra doce de uma árvore desenha na aléia uma grande toalha cinza. Nada mais estranho como efeito. É preciso amar imensamente seu tempo para ousar semelhante “tour de force”, tecidos cortados em dois, pela sombra e pelo sol”.

Os rostos são indefinidos, não podem ser chamados de retratos. Camille, a companheira e modelo do pintor, posou para as três figuras à esquerda. Monet transmite com leveza a brancura dos vestidos: ele introduz o branco solidamente na estrutura da composição _ toda em verde e castanho, por conta da árvore que ocupa o centro da tela e do caminho aberto na mata.

Fonte; Blog do Noblat
Acervo Musée d’Orsay, Paris
Fontes: Charles Merrill Mount, Monet a biography, 1966
www.musée-orsay.fr/


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