3 de Janeiro de 1521 Martinho Lutero é excomungado pelo Igreja Católica




O Papa Leão X chegou a classificar Lutero como um "alemão bêbado que escrevera as teses", e afirmou que quando estivesse sóbrio mudaria de opinião. Em 1518, ele pediu ao professor de teologia Silvestro Mazzolini que investigasse o assunto. O “protestante” foi então denunciado por se opor de maneira implícita à autoridade do Sumo Pontífice. Declarou Lutero um herege e escreveu uma refutação acadêmica. Nela, mantinha a autoridade papal sobre a Igreja e condenava as teorias de Lutero como um desvio, uma apostasia. Foi a réplica de Lutero que deu início à controvérsia.

Lutero participou da convenção dos agostinianos em Heidelberg, onde apresentou uma tese sobre a escravidão do homem ao pecado e à graça divina.
 No decurso da controvérsia sobre as indulgências, o debate se elevou ao ponto de suscitar a dúvida do poder absoluto e da autoridade do Papa. O argumento era de que as doutrinas de "tesouraria da Igreja" e "tesouraria dos merecimentos" serviam para reforçar a doutrina e a venda das indulgências. O papa ordenou que Lutero viajasse para Roma, coisa que, por razões políticas, nunca ocorreu.



Em 1518 Lutero foi chamado para responder a um processo instaurado por Roma. Mas, por interferência de Frederico, o Sábio, Príncipe da Saxónia  o Papa consentiu que a questão fosse tratada na Alemanha. Exigia -se  que Lutero se retratasse, o que este não fez. Tinha Lutero nessa época o apoio do capítulo da Ordem dos Agostinhos e do corpo docente da Universidade de Wittenberg. Como Lutero recusava retratar-se, a resposta do Papa foi a bula de excomunhão Exsurge Domine (15 de Junho de 1520). A 3 de Janeiro de 1521 esgotou-se o prazo dado na bula, sendo então proferido o anátema definitivo pelo Papa Leão X através pela bula Decet Romanum Pontificem.



Filme que mostra a luta de Martinho Lutero por seus ideais e sua repercussão mundial. A obra passa informações sobre a visão de Lutero quanto as Indulgências da Igreja Católica; seus ideais após a volta de Roma; a visita de Tetzel em Wittenberg; as 95 Teses de Lutero e o julgamento destas; os conflitos com o Papa Leão X; o impacto de sua postura na Alemanha e a tradução dos livros sagrados para sua língua mãe.
Martinho Lutero carregou consigo, durante algum tempo, um extremo desejo de se tornar padre. Em 1507 chegou a Enfurt, na Alemanha para trabalhar como professor de Teologia na Universidade de Wittemberg que fora fundada pelo Príncipe Frederico III. Em sua primeira missa, Lutero obteve um suposto desequilíbrio emocional, mas na verdade, já eram as dúvidas que pairavam em sua mente começando a ganhar força. A partir deste momento, questionamentos sobre a postura da Igreja Católica começaram a incomodar os conceitos de Lutero, que acreditava na existência de um caminho “gratuito” ao amor de Cristo e da salvação.
Lutero morreu em 1546, aos 63 anos. Após seu casamento, ele ainda pregou seus entendimentos por mais dezesseis anos e muitos dos que vieram a conhecer seus escritos ficaram de seu lado, dando continuidade ao processo de expansão. Os efeitos do protesto de Lutero perpetuam, principalmente, na sociedade alemã, mas repercutem em todo o mundo.
Fontes: Opera mundi /estoriadahistória / .wikipedia

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